quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O dia que te conheci

Com exatas 41 semanas e sem sentir dor alguma, procurei a maternidade. Fiz um exame que indicava que a indução do parto poderia ser feita e fui internada. Dei entrada na maternidade às 8h da manhã com 3cm de dilatação. Minha mãe me acompanhou.
Ao chegar no quarto que iria ficar troquei de roupa e em seguida a enfermeira colocou o remédio para começar a indução (Ocitocina). A indução só foi realizada porque eu estava com 41 semanas de gravidez e poderia ser "perigoso" para o bebê prolongar muito a gestação. Eu estava ansiosa e feliz! Queria ver logo o rostinho da minha princesa!
As horas foram passando e eu continuava sem sentir nada de dor. Resolveram então aumentar a dosagem. O tempo passou e nada. Depois de 10 horas sem sentir nenhuma dorzinha novos médicos que assumiram o plantão mudaram o remédio. Demorou um pouco para fazer efeito, mas as dores chegaram. As "cólicas" estavam aumentando aos poucos e a dilatação também. Por volta da meia noite eu estava com 6cm de dilatação. Lá pra madrugada estouraram a bolsa (que até então estava intacta) e as dores se tornaram insuportáveis.
Além do medicamento para indução, tomei glicose para me sentir "forte" na hora de fazer força. Me mandaram para um cavalinho (móvel de madeira que balança para frente e para trás para facilitar a saída do bebê). Realmente ele funciona! As contrações pareciam não ter fim. Não dava tempo nem ficar aliviada que era uma atrás da outra.
Às 7 e pouquinho da manhã fui fazer mais um toque. Estava com 9cm de dilatação. A obstetra que estava na hora do parto. Fiquei tão feliz por saber que finalmente conheceria meu bebezinho, e feliz também porque aquelas dores horíííveis iriam passar. Ao mesmo tempo me deu medo, mas a emoção de saber que da minha barriga sairia minha Julinha falou mais alto.
Fiz a primeira força, mas não foi suficiente. Respirei fundo e na segunda força ela nasceu, linda, branquinha e com o cabelinho espeto. Chorei. Sorri. Agradeci. Minha vida mudou naquele instante. A partir dali a garotinha deu lugar a uma mulher. Amadureci muito na gestação, mas depois do parto amadureci muito mais.
É uma emoção sem tamanho, sem igual. Na gestação já amava muito a minha Julinha, mas na hora do seu nascimento o amor duplicou, triplicou, quadruplicou, explodiu no meu peito. Hoje não sei viver sem Ela. #MamãeAmaMuito!


Nenhum comentário:

Postar um comentário