quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cirurgia de Polidactilia

Depois de todos os exames feitos marcamos a cirurgia de Julinha para tirar o dedinho cabido que nasceu em cada pé. Ela fez vários exames de sangue, raio X, etc. Como fomos atrás dessa cirurgia quando ela tinha nascido Júlia fez a cirurgia com 1 mês e dois dias.

Júlia com o dedinho cabido
Momento Pré Cirurgia
Depois de saber o dia exato da cirurgia eu comecei a ficar triste, abatida, pois não queria que minha filhota precisasse passar por aquilo. Eu sabia que era para o bem dela e seria melhor ela extrair os dedinho ainda bebê para evitar problemas futuros. Porém, mãe é mãe e se preocupa de qualquer forma.
Semanas antes eu não conseguia controlar o choro. Sempre que olhava pra minha princesinha imaginava o momento da cirurgia. Um bebê tão novinho já precisando de cirurgia é doloroso para qualquer mãe. Fiquei abatida mesmo, mas tentava me distrair e imaginar coisas boas.
O dia que antecedeu a cirurgia, foi o ápice do meu chororô. Não comi direito muito menos dormi. Foi uma noite em claro literalmente. Ela faria a cirurgia de jejum e só poderia mamar até a meia noite, depois disso, nem água poderia ser oferecido.

Momento Cirurgia
O dia amanheceu bonito indicando que algo bom aconteceria. O sol brilhava com toda força mandando boa energia. Jujú estava um pouco irritada, pois estava com fome. No caminho do hospital ela já começou a dar seus primeiros sinais.
Chegamos antes da hora prevista, por volta das 06:30 h. Eu ficaria sozinha com ela, apenas um acompanhante era permitido. Fomos chamadas para preencher formulários e prestar algumas informações. Lá fui informada que permanecer na sala de cirurgia até o momento da anestesia, depois disso teria que esperar em outra sala.
Por volta das 09h da manhã nos chamaram. Júlinha seria a primeira por ser a mais novinha das crianças (1 mês e 2 dias). Fomos para uma salinha reservada para as mães e as crianças. Uma espécie de sala de preparo. Minha filha já estava muuuito irritada de fome e não poder comer. 9 horas sem comer pra um bebê que apenas mamava era muito tempo. O que nos salvou foi a chupeta que levei para distraí-la. Ela chupava o bubú com tanta força na esperança de sair algo que a alimentasse que de tanto insistir ela dormia. Eu me sentia aliviada quando ela tirava essa sonequinha.
Na salinha onde as mamães esperavam chamar as crianças eu fiquei muito tranquila. Meu estado emocional mudou e eu procurava não pensar na cirurgia para não cair no choro. Algumas mães que também esperavam chamar seus filhos choravam e algumas crianças também ao ver suas mães emocionadas. Procurei conversar com Julinha, embora muito pequena sabia que ela entendia o que eu falava. Abracei e beijei muito tentando passar conforto e tranquilidade.
Começaram então a chamar as crinças para realizar a cirurgia. Dois cirurgiões estavam atendendo em salas separadas para dar mais agilidade nas cirurgias. As crianças do outro médico começaram a entrar primeiro. Na sala elas esperavam seus filhos serem anestesiados e quando estavam "dormindo" elas voltavam para a salinha que eu estava. Na volta elas choravam muito. Me dava vontade de chorar ao vê-las chorando.
Chegou então a hora de Julinha entrar. Caminhamos por um corredor até chegar a sala que ela ficaria. Ao chegar coloquei ela sobre a mesa e fui conversar com o médico. Ele me explicou que a cirurgia seria rápida (cerca de 20 minutos) e simples, tendo em vista que os dedinhos que seriam extraídos não tinham ossos.
Ainda na sala não contive as lágrimas e me emocionei. Dei um beijo nela já desacordada e voltei para a sala que estava anteriormente para esperar a cirurgia acabar.
Em cada depois da cirurgia
Muitas coisas passaram pela minha cabeça entre elas a solidão de naquele momento me sentir sozinha, desamparada, sem alguém pra me dar força. Meu choro não tinha controle. Liguei para o papai e informei que a cirurgia já estava sendo realizada.
Exatos 20 minutos depois a enfermeira me mandou ir até a enfermaria, pois a cirurgia já havia acabado e eu poderia ficar com ela. Ao chegar lá, me emocionei ainda mais ao vê-la dormindo com os dois pezinhos enfaixados. Beijei, cheirei e conversei pra ela acordar. Uns 10 minutos depois ela acordou com muita fome e eu pude dar mamá. Por volta das 13h do mesmo dia pudemos ir embora. Quando recebi a notícia que ela estava de alta fiquei alegre :D.
Chegando em casa ela chorou um pouco com dor, mas dei remédio e ela dormiu muito. O pós-operatório foi tranquilo. A cicatriz tá sumindo aos poucos e segundo os médicos conforme ela for crescendo a tendência é não dá pra ver a marquinha dos pontos.







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